segunda-feira, 15 de outubro de 2018

POR QUE VOTAR NO PROFESSOR FERNANDO HADDAD?


Neste 2º turno da eleição presidencial, a sociedade brasileira está sendo chamada a escolher entre duas candidaturas com projetos inteiramente antagônicos.

Um deles caracteriza-se:
-pela defesa das reformas trabalhista, previdenciária e educacional de Temer,
-pela intolerância fascista com o “diferente”,
-pela apologia da educação amordaçada e do armamento da população.
Quem o defende é um ex-capitão do exército, ficha suja dentro da própria instituição em que atuou.
Já o outro projeto, é defendido por FERNANDO HADDAD, professor da USP, Ministro da Educação entre 2005 e 2012. Representa:
-a permanência da Educação Física, da Educação Artística e da Filosofia nos currículos escolares,
-o respeito à escola laica e sem mordaça,
-a volta do “Ciência sem Fronteiras”,
-a garantia da ampliação da Educação Infantil pública e gratuita,
-o reinício da expansão das Universidades Federais,
-o fim do congelamento dos investimentos em Educação, Saúde, Segurança, …
-a retomada da política de valorização do Salário Mínimo, que “empurra” a valorização dos salários em geral.
Representa, ainda, a garra imprescindível que é própria das mulheres e da juventude, porque conta com a presença de MANUELA D’ÁVILA na Vice-Presidência da República.
Sobretudo, representa a continuidade da nossa DEMOCRACIA, a tão duras penas conquistada.
Por tudo isso, este coletivo de trabalhadoras, trabalhadores e estudantes da Escola Pública escolheu votar no Professor FERNANDO HADDAD e na MANUELA. E, com a audácia dos que têm esperança, vem pedir, além do teu voto, mais um...

MARIA, SEDILENI, JANETE, SONIA, ANDRÉIA, KAIANE, MARCIA, RUAN, IVO, MURYEL, CLAUDIONARA, EDUARDO, SUZI, ADRIEL, NECI, DORIS, EMILAY, NADINE, THAÍS, GUILHERME, ISABELLA, CÂNDIDA, ALEXIANE, BRYAN, HELLEN, GLAUBER, DENISE, FREDERICO, NEILA, ROSANE, BETH, BEATRIZ, TATIANA,  ELISA,...





sexta-feira, 14 de setembro de 2018

A CONSCIÊNCIA NECESSÁRIA

MARCAS DA CONJUNTURA MUNDIAL NOS TEMPOS QUE CORREM
-Fase da acumulação flexível do capital transformando-se em rentismo puro e simples
-Precarização do trabalho transformando-se em desemprego estrutural
-Reestruturação do Estado Nacional para colocá-lo "inteiramente" a serviço desse capital (flexível e rentista):
*Privatização do patrimônio público (entrega, não venda)
*Regressão na legislação trabalhista e social
*Diminuição da oferta de serviços públicos
*MÍNIMO para políticas públicas, MÁXIMO para o interesse capitalista
-Concentração da renda crescendo em níveis alarmantes (1% cada vez mais rico, 99% cada vez mais pobres)
-Predação do planeta também acentuando-se de forma alarmante
-Manipulação ideológica eficientíssima porque amplificada ao extremo (pela TV ABERTA e pelas REDES SOCIAIS):
*Endeusamento da tecnologia, da mercadoria e da meritocracia
*Era de mediocridade intelectual travestida de era do conhecimento (no Brasil, 80% da população não entende o que lê)
*Demonização da política
-Recrudescimento do fascismo social em suas mais diversas expressões:
*Machismo
*LGBTfobia
*Racismo
*Intolerância religiosa
*Regressão científica
*Crueldade com o diferente
*Justiça com as próprias mãos
*Bestialidade avolumada

O MUNDO DO TRABALHO NESSA REALIDADE
-Desaparecimento do emprego e dos direitos trabalhistas
-Recrudescimento da exploração patronal (a dominância do pensamento fascista ampara este ataque)
-Perda da identidade de classe (todo mundo "se acha" classe média)
-Crescimento assustador das doenças do trabalho:
*Depressão
*Exaustão
*Somatização do desalento
-Desaparecimento (ou precarização, ou adaptação) de um grande número de profissões (entre elas o magistério)

O REFERENCIAL TEÓRICO DOS CAPITALISTAS CONTEMPORÂNEOS
"O mercado é o suficiente para que a liberdade individual exista. Por isso, ele (mercado) deve ser protegido da tirania das maiorias. O cidadão, através do voto universal, decide sobre bens que não são seus. Os eleitores devem ser apenas aqueles que comprovadamente sejam proprietários dos meios de produção ou do capital bancário. Um liberal não deve prezar a democracia, que lhe rouba seu maior privilégio - o poder de decisão."    FRIEDRICH HAYEK, in "Fundamentos da Liberdade", 1983 
Prêmio Nobel de Economia, 1974 (referenciado mundialmente como um dos "pais" do neoliberalismo)

FRENTE A UM CENÁRIO ASSIM CONSTITUÍDO, QUAL A CONSCIÊNCIA NECESSÁRIA AOS QUE RESISTEM?
TALVEZ  A  DA  BEIRA  DO ABISMO...

MARIA



quinta-feira, 13 de setembro de 2018

PARA QUE SERVE UMA PROFESSORA?

Na Modernidade, a sociedade entregou a tarefa de "educar formalmente" ao Colégio porque o mundo do trabalho assim o exigia. O modo de produzir a riqueza que então nascia (esse monstro que hoje chamamos capitalismo) precisava da escolarização de muitos. O mundo que surgia, com inéditas e complexas relações entre os humanos, só poderia consolidar-se com gerações "escolarizadas". Por isso, o Colégio. Aliás, dois colégios.
Um para os filhos da elite econômica, que precisavam aprender a mandar nessa nova conjuntura, onde os escravos receberiam "salário", aprendendo também a justificar teoricamente a exploração de humanos por humanos. Outro, para os filhos da classe trabalhadora, que precisavam aprender a ler os manuais de instrução e entender que no tal "mundo novo" o exigido era a velha obediência de sempre. Dois objetivos completamente distintos - ensinar a mandar (para alguns) e ensinar a obedecer (para a grande maioria) - dentro de um mesmo modelo institucional - um "templo"... do saber.
Para dar conta de tão significativa tarefa, contribuindo para a manutenção da ordem estabelecida, surgiu a profissão docente, inicialmente destinada a homens, de preferência ligados ao clero.
Séculos se passaram até que se chegasse à escola pública, aos professores e professoras leigos, às meninas nos bancos escolares, mas a função do Colégio permaneceu a mesma por todo o século XX.
Neste espaço, professoras e professores, que sendo trabalhadores, deveriam parecer missionários.Talvez com a mais pesada carga profissional entre todas - a de não sendo elite, representá-la, servi-la, reforçá-la. Para que a carregassem, algumas providências foram tomadas: uma formação teórica rasteira, um status de "salvadores", um dia "pra" chamar de seu, um salário miserável e a construção do mito da neutralidade educacional.
Esta realidade só continua não sendo percebida por causa da cegueira ideológica em que estão mergulhados os humanos contemporâneos. Contrapontos, rebeldias, experiências diferenciadas, com certeza existem. São exceções que só confirmam a regra. Mesmo a consciência política, que nas últimas décadas a luta sindical proporcionou a essas professoras e professores,  não conseguiu transformar-se em componente curricular. Por que será?

MARIA

terça-feira, 19 de junho de 2018

A EVOLUÇÃO POLÍTICO - TEÓRICA DE MARX

Um estudo da evolução político - teórica de Marx, metodologicamente marxista, exige, antes de tudo, sua contextualização segundo os princípios  do materialismo dialético inaugurado por ele e por Engels. E o reconhecimento de que esta análise contextual não é um complemento. É condição indispensável para que se compreenda o conteúdo e o significado do seu pensamento e de sua ação política.
Para empreendê-lo, o primeiro passo deve ser, portanto, a inserção da obra marxiana na totalidade histórica em que surgiu e se desenvolveu, identificando e examinando, além disso, os cenários específicos que a condicionaram e por ela foram condicionados.
Teremos então, a EVOLUÇÃO POLÍTICO - TEÓRICA DE MARX na SOCIEDADE CAPITALISTA DO SÉCULO XIX, nela destacados A LUTA POLÍTICA DO PROLETARIADO (onde ele e Engels militaram) e O PENSAMENTO NEO - HEGELIANISMO DE ESQUERDA (origem filosófica dos dois).
A utilização do conceito de condicionamento permite a apreensão dos limites e das possibilidades dessa evolução sob circunstâncias determinadas. Todavia, igualmente deve ser lembrado o conceito de autonomia parcial e variável das idéias. Só assim é possível superar a polêmica "idealistas X materialistas tradicionais", ou seja, "idéias livres de qualquer imposição político - econômica X idéias escravas do entorno social". Aliás, é justamente esta dupla consideração que traz à tona o caráter dialético da relação entre realidade social e pensamento organizado. Porque prova a reciprocidade entre eles, fazendo caducar as noções de causa e efeito.
Se é fato que a realidade constituída oferece as condições necessárias para que brote um pensamento estruturado, também é fato que tal pensar pode "selecionar e interpretar" os elementos dessa realidade que deseja como guias para sua trajetória. Exemplo claro é a revolta dos tecelões silesianos (em junho de 1844) ,que foi completamente ignorada pela "inteligência" neo - hegeliana e, consequentemente, não acarretou nenhuma mudança em suas posições teóricas. Em compensação, influenciou decisivamente as concepções de Marx que a analisou, escreveu sobre ela, defendeu, aprendeu, ressignificou... e foi expulso da França pela censura prussiana.
Desse modo, é possível concluir não ser um acontecimento histórico ou uma doutrina filosófica "em si" que determinam sozinhos o desenvolvimento de uma reflexão. Há que acrescentar ao conjunto das condições objetivas a primazia interpretativa que se dá a algumas delas. Por outro lado, a atenção dada por Marx à greve na Silésia inegavelmente foi influenciada por sua então recente participação em organizações operárias parisienses. Foi nesse contato que descobriu o potencial revolucionário do proletariado, sua capacidade de ação autônoma, o passo adiante... A ação política levando à investigação teórica.
Entretanto, torna-se ainda necessário levar em conta a bagagem intelectual marxiana quando aproximou-se do movimento operário.Pistas podem ser encontradas já em 1843, quando ele redigiu a "Introdução à Crítica do Direito de Hegel" (publicada no início de 1844, no único número dos "Anais Franco - Alemães"). Nela afirmava que "o poder material só pode ser vencido pelo poder material" e "a teoria também se transforma em força material quando apropriada pelas massas".
Mais adiante, nas "Teses sobre Feuerbach" (escritas em 1845, publicadas por Engels em 1888), outra pista: "Os filósofos não fizeram mais do que interpretar o mundo, mas do que se trata é transformá-lo" (TESE 11).
Essa compreensão foi a revolução primeira que abriu caminho para a revolução político-teórica que empreenderia ao longo da vida, formulando uma crítica radical para desnudar o real, sempre encoberto pela manipulação dos dominadores. E que tinha por objetivo contribuir para a construção de uma sociedade justa, onde a contradição opressor/oprimido, insolúvel no modo de produção capitalista, pudesse ser superada. UMA TEORIA DA PRÁTICA, UMA PROPOSTA DE LIBERTAÇÃO.

MARIA 

terça-feira, 2 de janeiro de 2018

A ESPERANÇA EQUILIBRISTA

"Sei que uma dor assim pungente
 Não há de ser inutilmente
 A esperança dança
 Na corda bamba de sombrinha"
Aldir Blanc e João Bosco


Em 2017, o golpe continuou golpeando. De todos os lados. De todos os jeitos. Bateu forte e bateu muito. Fez o que pôde para apagar a luz, semear o medo, forjar a opinião, distorcer a realidade. Roubou, reprimiu, censurou, matou. A opressão foi concreta, a violência foi brutal, a perversão foi gigante.
No comando do horror, uma máfia vestindo toga, uma confederação de bandidos engravatados e uma mídia televisiva sugadora de consciências. Todos a serviço do capital. E tendo por escolta um renascido bando de jagunços da "federal" que, com "braço forte", tentou jogar no chão uma teimosa esperança equilibrista.
Sua fúria demolidora violou muitas vezes a Constituição, atropelou direitos humanos, vendeu o pré-sal, esfacelou programas sociais, promoveu um desmanche trabalhista, criminalizou a luta política e o pensar diferente.
Sobretudo, anunciou a morte em vida do homem/símbolo disso tudo. O homem, que colocando os pobres no orçamento, colocou-os também em empregos com carteira assinada,em cursos técnicos, nas universidades, na casa própria, nos aeroportos... Foi ele apontado como o comandante máximo de todos os mal-feitos praticados no Brasil, quiçá no mundo. Não somente a partir de 2003, mas desde sempre. 
Sem sequer uma prova dos crimes que lhe imputam, porém com "fortíssima" convicção, a juristocracia golpista tentou desconstruir Luís Inácio a qualquer custo. O processo que o condenou em primeira instância teve a forma de um processo judicial, todavia seu conteúdo foi o de uma indisfarçável perseguição, só própria dos tribunais de exceção.
Para combater tal retrocesso civilizatório, muitas barricadas foram erguidas. No entanto, o ataque avassalador  do projeto neoliberal não foi contido. Ficou-se aquém do necessário para que "não passasse". Os "quarenta milhões"  não vieram. Pareciam não ter consciência do abismo a tragá-los. Apesar disso, mandaram seu recado através das pesquisas de opinião. Num crescendo, o nome de LULA foi sendo indicado por estas maiorias silenciosas para representá-las, de novo, como Presidente da  República. O ano terminou com ele em primeiríssimo lugar na preferência popular, segundo todos os pesquisadores.
Agora é preciso que se espalhe ao vento que isto não basta. Para que seja votado é preciso que possa ser candidato. Forças poderosas serão desencadeadas para que tal não aconteça. Há que enfrentá-las nas ruas. E mesmo que esta primeira batalha seja vencida, logo haverá uma outra: garantir que as eleições aconteçam. E mais outra... E outra...
Então, depois de tanto embate, talvez 2018 ensine ao povo que o salvador é ele mesmo, quando levanta e luta.
MARIA