segunda-feira, 27 de março de 2023

A ESTRELA NECESSÀRIA

 


 Mas quem é o Partido?
 Nós somos ele
 Eu, você, todes nós.
 Ele veste suas roupas, camarada.
 Pensa com sua cabeça.
 Onde você mora é a casa dele.
 RENATO FREITAS
 Deputado Estadual PT, Paraná



 A estrela vermelha de cinco vértices é símbolo que vem de um tempo muito antigo. Representou sempre a rebeldia. A subversão da ordem estabelecida. Tem andarilhado pelos céus do mundo anunciando a luta dos oprimidos espalhados pela terra inteira.
Cada ponta, um dedo da mão trabalhadora. Cada ponta, um dos cinco  grandes pedaços do planeta. Cada ponta, um grito de luta.
È tingida de vermelho, a cor universal, "já que vermelho tem sido todo o sangue humano derramado", como cantou Gil lindamente, um dia. A cor de dentro, igual em todas e todos, prova irrefutável da raiz COMUM da humanidade. Para o bem e para o mal. Retrata a razão e a paixão, o saber e o compromisso, a organização e o empenho, todos imprescindíveis para que a luta dos "de baixo" seja eficaz na garantia de um futuro. Porque é disso que se trata.
Exige força fazê-la  brilhar nos tempos que correm. E coragem. E suor. E sacrifícios, muitos. Sangue, às vezes . Compromisso, sempre. Como exigia também nos tempos idos.
O ataque feroz do capitalismo neoliberal continua avançando globalmente. Hoje, já é perceptível que a amplidão dos estragos causados por seu fracasso de 2008 não foi suficiente para que desaparecesse. Ao contrário, está demonstrada sua notável capacidade de autofortalecimento. A crise não serviu para limitá-lo. Ele segue veloz rumo ao "ilimite", dizem os estudiosos.
Na atualidade, este projeto de mundo extrapolou a esfera econômica e estendeu a lógica  do capital a  "todas" as relações sociais e a "todas" as esferas da existência humana. Começou nos chamando de consumidores. Hoje nos transformou em mercadorias, mas nos chama de empreendedores. Para enfrentá-lo, há que compreender, antes de tudo, seu propósito de desdemocratização da vida .E os interesses ocultos  por trás disso. 
Assim, fortalecer o brilho da nossa estrela hoje  passa pela radicalização democrática de nossas ações políticas internas e externas. Democracia só se defende praticando democracia. Mas passa também pela reorganização das instâncias partidárias em busca da mobilização continua das bases. Luta  só se faz lutando.
A gravidade do momento histórico está a exigir uma estrela coletiva e popular. Formada por quantos pontinhos de luz formos capazes de agregar. Acendedoras e acendedores de estrelas é o que precisamos ser enquanto lutadoras e lutadores sociais. Fugindo do personalismo reinante, é na condição de fósforo que nos devemos  colocar. PARA AVANÇAR.

                                                                                                MARIA