domingo, 16 de maio de 2021

PARA QUE NÃO SE ESQUEÇAM

COMPANHEIRAS E COMPANHEIROS

Dia 19, quarta-feira próxima, a Setorial da Educação estará, de novo, fazendo um encontro na volta da nuvem como se fosse na volta do fogo. Um círculo de cultura como gostava Paulo Freire. Uma Roda de Conversa em que o tema será o mundo do trabalho. Sendo maio, não podia ser outro o assunto - dia do trabalhador, mês do aniversário do Marx, horas de tanto horror para desempregados e mal-empregados neste 2021.

Nosso objetivo, sabem todas e todos, é contribuir para o fortalecimento da luta contra o capital, lutando contra o retrocesso na participação coletiva, no pensamento crítico, na consciência  de classe. Mesmo entre nós.

Entendendo que a institucionalidade não basta para uma vitória efetiva da classe trabalhadora, que a luta precisa da rua, queremos estar preparados quando chegar a hora. 

Sabemos estar na contramão. Marchamos contra um tempo em que, segundo dizem, as pessoas não leem nem escrevem mais do que cinco linhas, não escutam mais do que cinco minutos e não olham cena alguma também por mais de cinco minutos. Porque a impaciência (ou será a exaustão?) impera. Mas, apesar de todos os sinais, de todos os alertas, de todos os avisos, de todos os "tolinhos" de desprezo, continuamos tentando - momentos, textos, imagens e vozes.

Por isso, chamamos. Para que estejam conosco neste esforço de continuidade da luta, RESISTINDO COM FORMAÇÂO POLÍTICA.

Quem chegou até aqui leu mais do que cinco linhas. Já está um pouco na contramão dos tempos. Pode ajudar a espalhar nosso chamado. Pode entrar na Roda e cirandar conosco. Pode compartilhar.

#QUEM LUTA COM VOCÊ É O PT

                                                                                                    MARIA


domingo, 2 de maio de 2021

PARA QUE SE LUTE COM

Rio Grande, 30 de abril, 2021. Ao entardecer, reuniram-se virtualmente, em  Assembleia Regional, trabalhadoras da Rede Estadual de Educação Básica. Os presentes eram em torno de cinquenta. A pauta em discussão era o retorno às aulas presenciais no próximo dia 3 de maio, por decreto do governo Eduardo Leite, do PSDB. O QUE FAZER? Era a pergunta que não queria calar. O medo de morrer contagiado pelo vírus perpassava as falas todas. E uma Organização Sindical que já lutou por Plano de Carreira, Piso Salarial, Condições de Trabalho, Qualidade Social para a Escola Pública, Democracia Participativa, Currículo Emancipatório, Unidade na Luta via Centrais Sindicais está, agora, enfrentando a necessidade de lutar pela Vida de seus associados. Literalmente. As manifestações primeiras demonstraram o que é sabido: a própria natureza do cotidiano escolar é favorável à disseminação da doença. Em um colégio há diariamente beijos e abraços, tapas e encontrões. Haverá gritos e máscaras no queixo. Haverá sussurros e máscaras no queixo. Haverá lanches e máscaras no queixo. Haverá lágrimas e máscaras no queixo. Como se chora de máscara? As avaliações proferidas só confirmaram esse conhecimento. As propostas apresentadas para que a luta seja levada variaram entre "continuidade da mobilização - sem greve já", "greve já" e "aguardar a audiência judicial da manhã do dia 3, jogando qualquer decisão para a Assembleia Geral. Postas em votação, a vencedora foi "greve já". Os pilares que sustentaram esta vitória podem ser encontrados no passado e no presente. No presente, a urgência do "não voltar". No passado, a tradição local de sempre levar ao Conselho Geral uma posição regional. Em nenhum momento foi levantada a questão da necessária UNIDADE DA LUTA, só ela capaz de alavancar uma resistência eficaz. Por isso, continua em aberto a discussão sobre o maior desafio a ser enfrentado pela classe trabalhadora hoje: como virar o jogo? Como sair da corda? Como transformar em nós esse amontado de eus, deserdados da terra, do pão, do trabalho, do prazer, da dignidade humana, da VIDA? Como anunciar o inédito viável, a possibilidade de vitória? PARA QUE NÃO SE LUTE POR. PARA QUE SE LUTE COM.

MARIA