segunda-feira, 23 de maio de 2016

O CRIME DE DILMA

Agora o Brasil todo já sabe. "Pretistas" e "trouxinhas", pobres e ricos, os do norte e os do sul, os mais velhos e os mais jovens. Foram informados pelo jornal "Folha de São Paulo", em sua edição de 23 de maio de 2016. A Presidenta da República, Sra. Dilma Rousseff, eleita com 54 milhões de votos, não podia mesmo continuar no cargo. Enquanto "lá" estivesse a Operação Lava Jato não seria encerrada, por ser a mais escandalosa e eficiente forma encontrada pela oposição "midiática" para desestabilizar seu governo. Embora contra ela nenhuma acusação tenha sido comprovada em mais de dois anos de intensa investigação. E já estava na hora de encerrar a Lava Jato.
Parece absurdo?
Pois então só parece. Em reportagem disponível no site da Folha, o jornalista Rubens Valente (não apenas no nome) divulga o conteúdo de um áudio gravado em março (e já de posse da Procuradoria Geral da República) contendo uma conversa entre Romero Jucá (senador do PMDB, ministro forte de Temer) e Sergio Machado (ex-presidente da Transpetro, indicado pelo PMDB, demitido por Dilma), ambos indiciados por corrupção. Nessa conversa, escancara-se o pacto firmado por uma confederação de bandidos para "estancar a sangria" que a dita operação estaria neles provocando. Segundo os próprios, "chegando onde não deveria chegar". Afinal fora montada para atingir o PT e só o PT.
A sordidez do "papo reto" é tanta que os "conversadores" confessam crimes, entregam outros cúmplices, acusam partidos políticos aliados seus e, até mesmo, envolvem ministros do Supremo Tribunal Federal na trama urdida para depor a Presidenta, deixando transparecer que o único crime por ela cometido foi ter sido reeleita, atrapalhando consequentemente o fim das ações de Curitiba.
Descobre-se, portanto, que o impedimento presidencial não é apenas desejado para que se leve de roldão as políticas governamentais de inclusão social e de democratização da vida levadas a cabo nos últimos 13 anos. Nem para que sejam retirados com mais facilidade os direitos trabalhistas e previdenciários garantidos pela Carta Constitucional de 1988. Ele foi planejado para que o dinheiro público possa, de novo, ser roubado "em paz". Aqueles que o teceram não são  meramente defensores de uma visão de mundo neoliberal, são também ladrões. 
Como o Supremo Tribunal Federal, a Rede Globo, os partidos políticos citados, a Procuradoria Geral da República, os Senadores, Michel Temer e os demais referidos  no diálogo Jucá/Machado  vão enfrentar os efeitos desse "fogo amigo", logo saberemos. No jogo do vale-tudo que estão acostumados a jogar, não faltarão tentativas para sair ilesos. No entanto, as consequências maiores do desmascaramento são, por enquanto, difíceis de prever. Será possível reverter o mal-feito?
De imediato, a única certeza que se tem é  que os golpistas faladores deram à ministra Rosa Weber (do Supremo) a resposta que ela exigiu de Dilma há poucos dias: CHAMA-SE O GOLPE DE GOLPE PORQUE É GOLPE.

MARIA
 


 

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