quarta-feira, 3 de setembro de 2025

AO GRITO, CAMARADAS

 


" A nossa Pátria é o mundo, nossos compatriotas são os operários e os estrangeiros, para nós, são todos os capitalistas."   
Manifesto da Federação Operária, 1908




Lula tem crescido nas pesquisas de opinião divulgadas por aí. Por que será? Assim, de repente, depois de tantos meses em queda. Será que o povo está, finalmente, abrindo os olhos? Ou será que foi a valentia dele, frente aos ataques do império do norte? Ou tudo junto e misturado? As teses multiplicam-se...
Uma coisa é certa, no entanto. Pesquisas eleitorais não são garantias de futuro, são apenas probabilidades no presente. E, assim mesmo, por inúmeros fatores, bastante frágeis. Por isso, não cabe no momento uma euforia ingênua ou prepotente.
È bom lembrar  que a maior potência imperialista do mundo tem deixado nítido que pretende continuar e aprofundar, em nova fase, a guerra "híbrida" que faz ao Brasil desde o primeiro governo Lula, no alvorecer deste XXI. Ao longo do século XX, a tática tinha sido outra e a guerra se chamava "fria".
A fase atual começou em 2008, quando, com a justificativa de combater o narcotráfico nos "mares do sul" recriou sua IV frota que passou a circular em águas latino-americanas. O presidente deles era Bush, "o terror do terror". Na Venezuela estava Chaves e no Brasil estava Lula e o pré-sal recém descoberto. Momento tenso.
Depois veio Obama, "o nobel da paz", colocando a CIA a bancar a Operação Lava-Jato, a espionar a Dilma e incentivar o golpe de 2016. O objetivo era acabar com a resistência mínima dos governos liderados pelo PT aos avanços neoliberais começados com Collor e acentuados  por FHC. 
Agora veio Trump, o magnífico, que quer o chão das terras "raras" para, com ele, alimentar as plataformas digitais do capitalismo neoliberal. E não vai desistir assim tão fácil. Tem a seu lado as escórias dominantes entre nós, representadas  majoritariamente nos espaços parlamentares do país em todos os níveis -  nacional, estadual e municipal. E, com elas, pretende construir  2026. No grito. Este é o projeto golpista em curso e esta longe de terminar. A condenação da quadrilha Bolsonaro não será a batalha final.
Lula tem feito o embate sozinho. Por mais que chame e provoque. As organizações da esquerda política, as frentes populares, os movimentos sociais, as centrais e federações sindicais, têm ficado na "torcida", mas sem levantar nem ao menos para fazer "olas". Até quando?
O Rio Grande do Sul, o Brasil e o Mundo precisam que a luta social grite aos ventos e em massa. Por justiça social, por Gaza e pelo Congo, pelo direito ao tempo e à preguiça, pelo amor livre para todes, pela distribuição da riqueza, pela vida no Planeta Terra.
No dia 7 de Setembro ,  o Grito dos Excluídos pode ser a oportunidade para levantar a voz coletiva vinda do chão da rua, como um trovão das entranhas, ecoando por baixo, querendo explodir. Em defesa da soberania nacional e da nossa humanidade. De braços dados.
Mas pode ser também mais uma oportunidade perdida, se poucos forem os presentes. Como uma recente na Câmara de Vereadores da cidade do Rio Grande, que o povo não ocupou para impedir a aprovação de uma moção de apoio à anistia do inelegível. E nossas vereadoras e vereadores ficaram gritando sozinhos.


                                                                                           MARIA

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