quinta-feira, 21 de fevereiro de 2013

Pontos de Luz

"Orgulha-te: eu levo o estandarte
Não te preocupes: eu levo o estandarte
Ama-me: eu levo o estandarte"
Rilke


Podem ser estrelas ou lampiões, claraboias ou brasas da lareira, vagalumes ou grandes mestres, lanternas ou fogueiras, computadores ligados ou estandartes levantados.
Podem ser naturais ou provocados, perenes ou efêmeros, ofuscantes ou aconchegantes, reais ou simbólicos.
Estão por toda a parte e ao longo da história da humanidade têm contribuído para impulsionar a caminhada dos povos. Mas também para impedir a marcha ou até mesmo para fazê-la retroceder.
Há quem diga, que entre eles, os mais necessários são os que aquecem  pés e  mente. Porque talvez a verdadeira origem de qualquer movimento individual ou coletivo não seja a visão da luz, mas sim o calor que pelos corpos sobe, quando levam um estandarte.
Onde está o estandarte?
O que fizeram do estandarte?
Quem é o estandarte?
                                                                                                                                                         
Maria


Rilke: Considerado um dos grandes poetas de língua alemã do século XX, nasceu em Praga, atual República Tcheca, em 1875, e faleceu em Valmont, Suíça, em 1926. Foi um andarilho, vivendo em diferentes países da Europa. O reconhecimento foi tardio, só na década de 1940 espalhou-se pela Europa, chegando à América do Sul. No Brasil, foi sucesso entre a juventude intelectual nas décadas de 1950 e 1960.
Em 2012, a Cia das Letras lançou, de sua autoria, o volume POEMAS (traduzidos por José Paulo Paes).



Um livro interessante: 

O amor de Pedro por João, de Tabajara Ruas, Record, 1998 (1ª edição L e PM, 1982), romance.


Uma história tecida com retalhos da derrota sofrida pela esquerda na luta contra a ditadura militar no Brasil.
Cada retalho, um personagem e suas circunstâncias. Cruzando-os, TR nos mostra um mosaico da guerra subversiva travada subterraneamente (ou não) no continente sul americano durante a segunda metade do século XX. Infortúnio exposto sem melodrama. Linhas e entrelinhas da história recente. Só, mas bastante. Literatura - luto, nos faz lembrar Hemingway: os sinos dobram por nós, por nossos estandartes... rasgados.
Onde encontrar: na editora e nas livrarias está esgotado, mas em diversos sebos da web está disponível.

Um comentário:

  1. Minha mestre, que tem sugerido leituras que aperfeiçoaram e até mesmo mudado meu ponto de vista
    qualificando minha análise de conjuntura.

    que se espalhe aos de boa vontade.

    Enilson Pool da Silva

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